Éfeso – As Sete Cartas Do Apocalipse

Éfeso – As Sete Cartas Do Apocalipse. Éfeso, situada nas proximidades da costa do mar Egeu, estava localizada na cidade do mesmo nome, quase em frente à ilha de Patmos, onde estava exilado o apóstolo João por causa da palavra de Deus e pelo testemunho do Senhor Jesus. Além disso, Éfeso era o centro comercial, religioso e político da Ásia Ocidental. Com o surgimento do cristianismo, Éfeso foi uma das primeiras cidades alcançadas pela pregação dos apóstolos.

Sete Cartas Do Apocalipse
Sete Cartas Do Apocalipse

Em Éfeso, havia também um dos maiores teatros do mundo da época, com capacidade para 25.000 espectadores, em uma população total estimada entre 400.000 a 500.000 habitantes, sendo a quinta cidade mais populosa do império. Esta torre, juntamente com as ruínas que vemos aqui, são evidências do que restou do templo da deusa Diana dos Efésios. Éfeso era também a guardiã do templo dedicado à deusa Diana.

Gaio E Aristarco – A Ameaça De Demétrio

Um episódio que aconteceu em Éfeso foi quando Gaio e Aristarco, companheiros de Paulo, sofreram ameaças pelo motim provocado pelo ourives Demétrio, conforme registrado no livro de Atos, capítulo 19, versículo 28, quando a multidão clamava: “Grande é a Diana dos Efésios!”. Um episódio como este, em que os irmãos sofriam perseguições por pregar o Evangelho, talvez tenha sido o motivo de o Senhor Jesus se referir a essa igreja como uma igreja que trabalhava pelo seu nome, apesar das perseguições. Por isso, a expressão em Apocalipse 2, versículo 3: “E sofreste, e tens paciência, e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.”

Em Éfeso, residiam muitos judeus e romanos que mantinham uma sinagoga onde Paulo disputava com os judeus, conforme Atos, capítulo 16, versículo 19. Uma evidência disso está na inscrição desta menorá sobre esta pedra, conforme descrito na biblioteca de Éfeso. Interessante que, no capítulo 19 de Atos dos Apóstolos, versículos 7 e 8, a Bíblia registra uma passagem de três meses do apóstolo Paulo em Éfeso, quando uns doze irmãos receberam o batismo com o Espírito Santo pela imposição das mãos de Paulo.

História De Éfeso – o Plano Profético As Sete Cartas do Apocalipse

Conforme relatos históricos, o apóstolo João viveu por muitos anos em Éfeso, onde se acredita que ele escreveu alguns livros da Bíblia, com exceção do livro de Apocalipse, que o Senhor revelou a ele na ilha de Patmos. Dessa forma, presume-se que a carta a Éfeso, como as demais, tenha sido escrita entre os anos 92 a 98 d.C. Alguns estudiosos defendem a tese de que, entre estas ruínas, sepultaram o apóstolo João.

Esta área que estamos vendo aqui era um local de comercialização dos produtos que vinham de cidades como Tiatira e Laodiceia, para serem exportados e importados. Portanto, era uma área de muito trabalho. Assim sendo, este local que estamos vendo aqui evidencia trabalho, paciência e sofrimento, mencionados na carta como sinal de aprovação do Senhor. A palavra “Éfeso” quer dizer “aceitável”, pois o trabalho de semeadura da palavra de Deus, feito com paciência e sofrimento, agradou ao Senhor.

Período Histórico Da Igreja De Éfeso

O período histórico da Igreja de Éfeso foi de aproximadamente entre os anos 33 a 68 d.C., estendendo-se até o final do primeiro século após o Pentecostes. Dessa forma, em razão de ser uma área extremamente comercial, a Igreja de Éfeso cresceu e se expandiu pelas circunvizinhanças, despertando o ardor missionário que pode ser comparado ao trabalho do semeador da primeira parábola de Mateus, capítulo 13, que espalha a semente por toda a terra.

Estamos no Odeon, uma parte de Éfeso destinada ao uso de peças teatrais e apresentações musicais. Era uma sala de música e também um local alugado ou cedido para filósofos exporem suas ideias. Certamente, este local era possível para pregações do evangelho e palco de oposições, como em Atos, capítulo 19, versículo 9. Essas oposições nos lembram a parte da carta a Éfeso ligada à parábola do semeador, pois o Senhor Jesus comparou a semente com a palavra de Deus.

Três Inimigos Da Obra De Deus

O estabelecimento do Reino de Deus na Igreja de Éfeso está muito bem acionado com a figura da parábola do semeador. O lançar da semente, ou seja, a pregação do evangelho, e o colher dos seus frutos foram vistos e sentidos. Em contrapartida, surge a reação dos três grandes inimigos da obra de Deus. Então, o primeiro inimigo é a ação dos maus, ligada à penetração do mundo na igreja. A expressão “sofrer os maus”, conforme Apocalipse, capítulo 2, versículo 2, referia-se aos crentes oriundos do paganismo. Na parábola, eles são vistos como crentes à beira do caminho, onde a semente não penetrou na terra, representando crentes que não vivem o evangelho.

O segundo inimigo é a falsa doutrina, onde prevalece a carne. A expressão “dizem ser apóstolos e não são”, em Apocalipse, capítulo 2, versículo 2, mostra que a falsa doutrina é representada na parábola pelo terreno de pouca terra. É o homem de pouca consistência, sem condições de suportar as lutas. Sendo assim, a parábola refere-se ao homem que vive um falso cristianismo, sem vida espiritual, e que não pratica a palavra de Deus.

A falsa doutrina agrada os fracos e estimula o culto à própria personalidade, como o culto ao Imperador. O terceiro inimigo é a mentira, relacionada à ação do inimigo. A expressão “tu os achaste mentirosos”, em Apocalipse, capítulo 2, versículo 2, está ligada aos espinhos na parábola, caracterizando a falsa doutrina e a sedução das riquezas. A reação do inimigo foi imediata, sufocando a planta.

A Doutrina E A Vitória Da Igreja – Éfeso – As Sete Cartas Do Apocalipse

A doutrina lançada sobre a boa terra produz frutos. O Senhor Jesus prometeu, em Apocalipse, capítulo 2, versículo 7: “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore-da-vida.” A nossa abordagem é feita no sentido profético. Estamos na praça do Imperador Domiciano, responsável pelo exílio do apóstolo João. A Igreja de Éfeso representava a boa terra, uma igreja da doutrina estabelecida através das cartas dos apóstolos e dos Atos dos Apóstolos. Assim, a igreja fiel em Éfeso firmava-se, caminhando para Esmirna, mas na condição de uma igreja infiel, deixando o primeiro amor e esfriando.

A lição desse período está no fato de que, diante das lutas, a igreja responde com a doutrina, que foi o trigo representado na parábola. Sendo assim, a conclusão é que a doutrina vem sempre depois da experiência vivida. O remanescente fiel que recebeu a doutrina enfrentou desafios e saiu vitorioso. A doutrina permitiu que a igreja vencesse todos os obstáculos da hora presente.

“Ao Que Vencer…” – Éfeso – o Plano Profético As Sete Cartas

Aqui em Éfeso, estamos no local onde se guardavam os escritos antigos, tanto em grego quanto em outros idiomas. Esta igreja da doutrina estabelecida teve a grande operação do Espírito Santo. Em Isaías, capítulo 11, versículo 2, encontramos a operação do Espírito do Senhor. A igreja nascia nesse período profético e toda a operação do poder de Deus estava sobre ela. Éfeso o Plano Profético As Sete Cartas do Apocalipse.

No livro de Atos dos Apóstolos, vemos o Senhor acrescentando à igreja aqueles que haviam de se salvar. Também encontramos a operação do Espírito Santo arrebatando Felipe e a mão do Senhor com eles. Nas cartas às igrejas, a operação do Espírito Santo é enfatizada. Em Éfeso, temos a ênfase da operação do Espírito do Senhor, conforme registrado em Apocalipse, capítulo 2, versículo 1: “Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas e que anda no meio dos castiçais de ouro.”

A essa igreja, o Senhor Jesus fez a promessa de que “ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore-da-vida”. A igreja absorveu a semente como boa terra e o Senhor assegura que lhe dará a comer da árvore-da-vida, que está no meio do paraíso de Deus. A carta termina com a exortação: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse, capítulo 2, versículo 7)

Encerramos este segundo episódio “Éfeso o Plano Profético As Sete Cartas do Apocalipse” da série “O Plano Profético da Igreja nas Sete Cartas do Apocalipse” e esperamos você no próximo episódio, onde a nossa abordagem será relacionada à carta à Igreja de Esmirna. Até lá e a paz do Senhor Jesus Cristo!

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