Qual o lírio entre os espinhos descrito em Cantares 2.2, no Antigo Testamento, história, significados, características, e relação na bíblia.
Lírio entre os Espinhos
Nas histórias bíblicas existem inúmeras variedades de espinhos identificados. Além disso, nas planícies e encostas da Síria, Palestina, do Líbano até o Sinai e a Arábia eram vistos espinhos em abundante.
Os “lírios” muitas vezes cresciam junto ou entre os “espinhos”, que eram em abundância nessas regiões. É provável que Salomão, quando cita a expressão “qual o lírio entre os espinhos”, (Cantares 2.2) inspirou-se em uma dessas regiões.
Em suma, pelo menos 22 palavras hebraicas e gregas são usadas para descrever plantas espinhosas na bíblia. Além disso, existem 50 gêneros e cerca de 200 espécies de plantas espinhosas na Síria e na Palestina. Seria impossível saber exatamente qual planta Salomão tinha em mente em (Cantares 2.2).
Na divisão proposta a seguir, veremos os exemplos de espinhos dessas regiões.
Espinhos no Livro de Isaías
Em primeiro lugar, o espinho de (Isaías 7.19; 55,13; livro de Juízes 8,7; Mateus 7.16) é o espinho de Cristo da Síria, Zizyphus spina-christi, uma árvore pequena, com 3 a 5 metros de altura e espinhos fortes, curvos e desiguais. Ela desenvolve-se nos matagais impenetráveis das planícies da Síria, Líbano e Palestina.
Espinhos no Livro de Números
Em segundo lugar, os “aguilhões” de (Números 33.55) são uma verdadeira morácea, tanto a Morácea Palestina como a morácea de folhas de olmo, são arbustos espinhosos perenes.
Espinhos no Livro de Gênesis
Em terceiro lugar, os espinhos de (Gênesis 3,18; Salmo 58.9; livro de Provérbios 15.19; Isaías 7.23-25; 10,17; 33,12; Ezequiel 2.6; Miqueias 7.4) são do espinheiro palestino, Rhamnus Palestina, um arbusto ou árvore baixa, com 1 a 2 metros de altura, com ramos cobertos por espinhos aveludados. Ele cresce nos matagais das encostas da Síria e do Líbano, e vão através da Palestina até o Sinai e a Arábia. Esse espinho é muito usado para cercar.
Espinhos da Coroa
Muitas plantas ou espinhos diferentes receberam o título de serem a matéria-prima da coroa de Jesus. (Mateus 27.29; João 19.2). Por exemplo, a Paliurus spina-christi, com seus espinhos agudos e esguios, sendo um arbusto rasteiro e fácil de se colher pelos soldados. Porém, ele não cresce naturalmente nas encostas das colinas da Judeia e devem ser caçados nos vales do norte da Palestina. Por outro lado, o Poterium spinosa cresce nas proximidades do Gólgota. Trata-se de um arbusto de pouca altura da família da rosa, com ramos repletos de espinhos.
Por fim, muitas outras plantas espinhosas são comuns na Palestina, como cumprimento do juízo do Senhor Deus devido ao pecado do homem (Gênesis 3.18). Entre elas, podemos incluir o espinheiro sírio, o crataegus, o espinho dourado e pintado, a erva-moura ou urze branca, a urze espinhosa e a sarça.