O que é Alegoria na Bíblia?

A Alegoria na bíblia e uma metáfora ampla é quando objetos ou eventos são empregues como símbolos ou representações de um discurso mais profundo. Alegoria, por sua vez, difere da parábola por dar significado a cada detalhe, enquanto a parábola enfatiza apenas uma verdade central.

No entanto, é comum que muitas parábolas se tornem alegóricas. Por outro lado, a fábula é mais fiel à vida e aos fatos, permitindo que animais ou objetos falem, ou ajam como humanos, como na fábula de Jotão sobre as árvores que escolhem um rei (Juízes 9:7-15).

A palavra “alegoria” aparece apenas uma vez em Gálatas 4:24, onde é empregue com a aplicação da história de Sara e Agar para a aliança da graça, em contraste com a aliança da lei.

Alegoria na Bíblia
Alegoria na Bíblia

Significado de Alegoria na Bíblia

A palavra grega “alegoroumena” deriva de “allos”, que significa “outro”, e “agoreuo”, que significa “falar para uma assembleia”. Ao longo do tempo, “alegoria” passou a significar não apenas o ato de falar, mas uma forma de ilustrar princípios por meio de fatos afirmados.

Alegoria Bíblica nas Parábolas

Acima de tudo, as parábolas da porta das ovelhas e do Bom Pastor em João 10.1-16,26-29, também podem ser consideradas alegorias. Além disso, é importante notar que o termo “parábola”, que significa “comparar”, pode incluir o sentido de alegoria. A palavra hebraica “mashal” (parábola) como “alegoria” em Ezequiel 17.2 e 24,3. Fora da bíblia, um exemplo conhecido de alegoria religiosa é o livro de Bunyan, “O Peregrino”.

Interpretação Alegórica

A interpretação alegórica do Antigo Testamento ganhou destaque em Alexandria com Filo e foi adotada por líderes cristãos como Justino, Clemente e Orígenes. Orígenes classificava as verdades nas Escrituras em três níveis: literal ou “carnal”, moral e espiritual, que correspondiam ao corpo humano, à alma e ao espírito.

Jerônimo suportou o uso da alegoria no cristianismo romano, mas essa abordagem foi rejeitada pelos reformadores. A interpretação alegórica ilimitada pode levar a abusos claros de subjetividade e imaginação.

No entanto, é preciso reconhecer que o Novo Testamento em si considera certas partes do Antigo Testamento de maneira alegórica. Por exemplo, a igreja é vista como o novo Israel, liberta da escravidão do pecado em uma nova Páscoa, recebendo uma nova aliança no sangue de Cristo.

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