Gênesis Capítulo 1 Uma Dádiva Divina

Capítulo 1 de Gênesis

O capítulo 1 do livro de Gênesis é a narrativa da criação do mundo por Deus. Aqui está um resumo:

Gênesis Capítulo 1
Livro de Gênesis Capítulo 1

O Livre-Arbítrio: Uma Dádiva Divina

O conceito de livre-arbítrio é central na teologia cristã, sendo visto como uma capacidade concedida por Deus que nos permite escolher amá-lo ou não. Este princípio é exemplificado na relação de Deus com Adão, conforme narrado no Gênesis.

Embora Deus tenha criado Adão e lhe dado um ambiente perfeito, também concedeu a ele o direito de escolher. A presença da árvore do conhecimento do bem e do mal no Jardim do Éden simboliza essa escolha. Além disso, Adão poderia optar por obedecer e amar a Deus, mantendo-se afastado do fruto proibido, ou poderia decidir por si mesmo, desobedecendo ao mandamento divino.

Se Adão tivesse retribuído o amor de Deus plenamente, não teria comido o fruto da árvore. Deus havia provido tudo o que Adão necessitava. Portanto, a desobediência de Adão ao comer o fruto proibido reflete a complexidade do livre-arbítrio e suas consequências.

Gênesis 1: A Criação e a Ordem Divina

A Terra Sem Forma e Vazia

No início, “a terra estava sem forma e vazia, e as trevas cobriam a superfície do abismo” (Gênesis 1:2). Este versículo tem sido interpretado de diversas maneiras por estudiosos da Bíblia. Alguns veem nesse estado inicial uma condição caótica e desordenada, enquanto outros entendem como uma etapa anterior à organização e à habitação da terra por seres vivos. Independentemente da interpretação, o versículo destaca a ação criativa de Deus ao transformar o caos em ordem.

A Separação da Luz e das Trevas

Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas, chamando a luz de “dia” e as trevas de “noite”. Sendo assim, este ato simboliza a introdução da ordem no universo, um tema recorrente no relato da criação.

Os Dias da Criação

  1. Primeiro Dia: Criação da luz, separando-a das trevas.
  2. Segundo Dia: Criação do firmamento para separar as águas debaixo e acima do céu.
  3. Terceiro Dia: Separação das águas para formar terra seca, chamada “terra”, e os mares. Deus também criou a vegetação.
  4. Quarto Dia: Criação do sol, lua e estrelas para iluminar a terra e marcar o tempo.
  5. Quinto Dia: Criação dos animais aquáticos e das aves.
  6. Sexto Dia: Criação dos animais terrestres e, finalmente, do homem e da mulher à imagem de Deus, com autoridade sobre toda a criação.
  7. Sétimo Dia: Deus descansou, abençoando e santificando este dia.

O Firmamento: Entre o Céu e a Terra

Em suma, o termo “firmamento” (do hebraico “raqia”) é mencionado no segundo dia da criação. É descrito como uma extensão que separa as águas acima das águas abaixo. Esta descrição tem sido objeto de várias interpretações ao longo dos séculos. Alguns acreditam que o firmamento refere-se a uma cúpula sólida, enquanto outros o interpretam como uma camada atmosférica ou uma expansão do ar. Seja qual for a interpretação, o firmamento simboliza o poder e a soberania de Deus sobre a criação.

A Singularidade do Criador

Gênesis 1 estabelece que Deus é o único Criador, refutando a ideia de que o universo surgiu por acaso ou por múltiplas forças criadoras. Portanto, o ato de criação ex nihilo (a partir do nada) é um mistério que transcende a compreensão humana e destaca a transcendência de Deus além do tempo e do espaço.

A Onipotência Divina na Criação

Portanto, ao contrário das mitologias antigas, onde os deuses precisavam de esforço para criar, em Gênesis, a simples palavra de Deus é suficiente para trazer ordem e vida. Isso demonstra a onipotência e autossuficiência divina.

Deus e a Questão do Mal

Em Gênesis 1:31, é declarado que tudo o que Deus criou era bom, indicando que o mal moral não tem sua origem em Deus, mas nas criaturas dotadas de livre-arbítrio. Tiago 1:13 reforça que Deus não pode ser tentado pelo mal, nem tenta alguém.

Deus como Sustentador da Criação

Além de criar, Deus sustenta o universo (Colossenses 1:17; hebreus 1:3). Além disso, a presença constante de Deus é essencial para a vida e a ordem do cosmos, como Paulo afirma em Atos 17:28.

A Adoração Devida ao Criador

Gênesis 1 ensina que Deus, como Criador, merece adoração e louvor. Além disso, esta ideia é reiterada nos Salmos, como em Salmos 104, onde as obras de Deus são proclamadas e seu nome é exaltado.

Por fim, o estudo de Gênesis 1 oferece uma visão abrangente da natureza de Deus, da criação e da inter-relação entre ambos. Em suma, essas lições, enraizadas em referências bíblicas específicas, fornecem uma base para entender a existência, o propósito e a responsabilidade moral humana no contexto da fé cristã. Este relato não apenas celebra a criação, mas também nos chama a reconhecer a soberania de Deus e a viver de acordo com Seus desígnios.

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